Mulheres investem no Hip-Hop para incentivar espírito revolucionário

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Com música, dança e muita inovação, mulheres tentam disseminar o espírito revolucionário na maneira de ser e estar. Trata-se do grupo Revolução Feminina, que, na última sexta-feira, actuou na Fundação Fernando Leite Couto, em Maputo.

Referindo à sua arte, Guiggaz M Black, membro e fundadora de Revolução Feminina, explica como surgiu a ideia de criar este grupo, numa sociedade em que o RAP tem cara masculina. “Revolução Feminina partiu de um sentimento que já vinha crescendo dentro de mim. De princípio eu trabalhava como técnica de som e, daí, comecei a repar. Descobri que existiam mais mulheres a repar e pensei: Porquê não unir-me às meninas e partilhar o sentimento que tenho dentro de mim? Então foi daí que criamos a revolução feminina”, explicou.

Guiggaz diz ainda que a revolução feminina não é só para mulheres que repam, mas para todas as mulheres com espírito revolucionário, mulheres que através do seu talento podem mudar o mundo, sem precisar necessariamente de ser cantando. Deu exemplo de si mesma, que é electricista, técnica de som, designer gráfico e rapper. “Não importa se a mulher desempenha uma actividade que todo mundo faz ou que todas as mulheres fazem, desde que a pessoa tenha esse espírito revolucionário, e nós até gostamos quando aparecem mulheres que façam outro tipo de actividades”.

O grupo conta com vários membros, uns mais activos que os outros, como é o caso de FT, Énia Lipanga, Patrícia e a própria Guiggaz M Black.
Na sexta-feira, as revolucionárias levaram ao público composições próprias e algumas músicas adaptadas. Dessa forma transmitiram ao público o prazer de se ser diferente, através de rimas, e até passos de marrabenta adaptados ao hip-hop.

Uma curiosidade sobre o grupo é que apesar de ser maioritariamente constituído por mulheres e ter como principal foco a mulher, não exclui em momento algum os homens, e é por isso que o grupo conta com dois membros masculinos, no baixo e na guitarra.

O grupo existe desde 2012 e tem em vista revolucionar o mundo da música especificamente o hip-hop.

Fonte: O País

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